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22 setembro 2008



Rainha Ester,um coração obediente.




Esta semana assisti o filme Conquista de reis. Um épico que revive a história de um povo através da vida de Ester uma judia, que tornou-se uma das rainhas mais corajosas de todos os tempos, enfrentando o Rei Assuero (Xerxes) e a própria morte para defender seu povo.

Após assistir o filme, peguei a minha Bíblia e comecei a ler a história de Ester.

Percebi que era natural Ester temesse aproximar-se de rei Assuero, embora fora rainha, não podia ir ao rei sem ser convocada. A não ser que o rei decidisse recebê-la.

Ester 4.11 “Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei.”

Ester 5.3-4 nos fala que ela corajosamente, foi ver o rei.”E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro. Então o rei lhe disse: Que é que queres, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.”

Quando terminei de ler este último versículo, veio a minha mente o Senhor me perguntando: O que é queres? Qual é o teu pedido?


Na hora, fiquei imaginando mil coisas que gostaria de receber do Senhor, mil coisas mesmo! De tudo que pensei, teve algo que me inquietou muito, o fato de que nós precisamos ter um coração obediente a Deus.


Deus é tão tremendo, tão sábio, que Ele me surpreende a cada instante por meio de situações que nos fazem refletir sobre nossas atitudes dia após dia, momento após momento.

Ele usa um filme, uma palavra, uma boa leitura, uma pregação, uma conversa com um filho para que possamos ser diferentes e nunca coniventes com determinadas posturas e situações.

Ester cumpriu integralmente o primeiro mandamento como promessa. Ela pôde ser obediente não só a seu pai de criação, mas a Hegai e a Assuero, o que foi fundamental para que alcançasse a salvação de seu povo e da sua própria vida. ”Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias nas terra que o Senhor, teu Deus, te dá.” Êxodo 20.12


Vivemos dias de desobediência a pais e mães, dias em que se prega abertamente a “liberdade”para crianças, adolescentes e jovens. Dias em que a palavra “limite” é desconhecida do vocabulário dos pais e filhos. No entanto, somente por meio da autoridade dos pais (não estou dizendo autoritarismo) e da obediência dos filhos aos pais teremos uma vida quieta e sossegada, uma vida abençoada por Deus.

Lembrei de um fato, quando meu filho caçula estava com 6 anos de idade. Ele veio até a mim, fazendo a seguinte pergunta: mamãe é verdade que vou viver muitos anos de vida, não é?

Na hora eu não entendi o porquê da pergunta. O que será que estava passando na cabecinha dele?

Imediatamente respondi: lógico que você vai viver muitos anos de vida e saúde, mas por quê?
Meu filho havia lido esse versículo na EBD (Escola Bíblica Dominical), no entanto ele absorveu a Palavra de tal forma, que a certeza dele é que seus dias seriam longos na terra.

O coração dele estava receptivo para ser disciplinado, compreender os limites, aceitar as broncas, ouvir os conselhos e a correção do pai por horas, quando percebíamos que algo não estava caminhando bem.

Em casa, temos o costume de assistirmos televisão juntos. Sempre entramos em acordo e escolhemos o melhor programa para o momento. Mais ou menos 10 anos atrás, estávamos assistindo TV juntos, quando nosso filho mais velho fez um comentário sobre determinada propaganda. Imediatamente o pai percebeu o pensamento do filho em relação aos valores que a mídia havia lançado na cabeça dele. Não vou entrar em detalhes, mas essa conversa de filho e pai durou horas.

Queridos o que quero dizer, é que as crianças estão prontas para aprender, a serem instruídas na Palavra, a ouvirem bons conselhos e as experiências dos pais.

Ester alcançou uma posição inimaginável não só na sociedade da sua época, mas diante de Deus, única e exclusivamente porque não viveu em função de si própria, das suas vontades, mas em função dos outros e aprender com os outros.

Ester sempre buscou manter um testemunho que a fizesse diferente e distinta no ambiente em que se encontrava. Ester chamava atenção por sua beleza, mas era o seu comportamento que a fazia achar graça diante dos olhos do rei e das pessoas ao seu lado. Ester tinha um testemunho exemplar e isto a tornava agradável e alvo da graça e da benevolência das pessoas.

Que possamos ensinar os nossos filhos a fazerem diferença em todos os lugares pela forma de se comportarem, através de um coração obediente aos pais.

O momento é HOJE é AGORA!

Leiam o texto:
Limites- Os pais mais bobos e inseguros da história. Monica Monasterio

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Limites - Os pais mais bobos e inseguros da história


Monica Monasterio



Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.


O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos...


Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos (às vezes sem escolha...) que nossos filhos nos faltem com o respeito.


Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.


Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.


Quer dizer; os papéis se inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "dar tudo" a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem.


Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.


Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.


Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.


É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.



Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.

05 setembro 2008

O IPÊ AMIGO




Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito". Essa é umas das frases mais conhecidas quando queremos expressar o significado de uma amizade.

Atualmente fiquei sabendo por intermédio da namorada de um dos meus filhos, que no dia 20 de julho é celebrado o Dia do Amigo.

Este comentário surgiu porque ela estava com plano de reunir as amigas. Algumas estavam distantes, outras mais próximas, mas todas amigas. Não sei se ela conseguiu reuni-las, mas penso que essa vontade surgiu de um momento no coração dela que chamamos de “saudade”.

De acordo com o Dicionário Aurélio, saudade significa: lembrança melancólica, e ao mesmo tempo suave, de pessoa(s) ou coisa(s) distante(s) ou extinta(s).

Neste dia, lembrei-me de um texto que havia recebido um tempinho atrás. Fiquei ansiosa para chegar em casa e procurar esse texto que expressava tudo o que penso e sinto em relação a amizade.

Queridos, imaginem o que é procurar, revirar, tirar a papelada do lugar, jogar tudo para o lado e não encontrar. Pensei que eu havia perdido ou provavelmente jogado fora em uma das minhas faxinas ou mudanças (que não foram poucas). Esperava encontrar aquela folha que antes era branca e muito provável hoje estaria com as folhas amareladas devido o tempo. Continuei a procura do “tesouro perdido” e para minha felicidade encontrei.

Realmente estava amarela, um pouco amassada, com alguns riscos e rabiscos, tudo isso devido o tempo. Mas quando comecei a ler, a essência das palavras era algo tão novo, como se tivesse saído da fábrica das emoções naquele momento. Me deliciei com o jogo das palavras, da forma como o autor expressa o valor dos amigos e em questão de minutos passou pela minha memória os amigos que tenho.

Prefiro falar dos amigos que tenho e não como alguns dizem ”dos amigos que eu tive”. Até porque os amigos a gente nunca perde, nem com o passar dos anos e muito menos com a distância porque o amigo, marca sua presença na memória.
É assim o ipê. Sua presença na paisagem se destaca entre as demais vegetações. Suas folhas amarelas é como o ouro que reluz de longe o seu brilho. Seu tronco é forte e resistente.

A todos os meus amigos quero lhes dizer que vocês são tão preciosos como o ipê, que mesmo florescendo uma vez no ano, se destacam em meio a vegetação. Lembrei-me agora que recentemente voltando de Caldas Novas, na estrada avistamos um ipê todo florido. Meu esposo automaticamente falou: fotografa, fotografa. Mais do que depressa, peguei o telefone e fotografei. Gente é lindo demais! Hoje esta imagem está na tela de meu celular, cada vez que olho para ela fico encantada por Deus nos proporcionar momentos simples como este e rico em experiências.

Deixo para vocês o texto O IPÊ AMIGO. Não deixem de ler.
A todos os meus amigos de Goiânia, amigos de Brasília, a minha família que amo demais, um forte abraço.
O IPÊ AMIGO

Amigos contam-se nos dedos.
Da mão.
Direita.

Cultive a amizade. Ela dura sempre. Os aplausos da platéia vão se arrefecendo na medida em que passam os anos moços. O som das palmas vai se aninhando nas dobras das rugas e os elogios fáceis começam a rarear, quando os anos: se tornam muito freqüentes. Os convites para tudo vão se ocultar sob a pilha dos esquecimentos.

A amizade dura sempre. Ela não tropeça na maturidade. O tempo torna-se mais consistente e é o melhor teste da amizade. Ela dá sentido às formalidades e sem ela as formalidades são nada.

De que adianta ser pai e não ser amigo? De que vale a união conjugal sem a amizade?

Quando Cristo quis privilegiar os discípulos, chamou-os de amigos. Foi o melhor título que usou para lhes significar quanto lhe eram: caros.

É como um amigo que o ipê chega a cada ano. É um símbolo valioso da amizade. Ela não falta. Ele é pontual. Não chega antes e nem depois. Chega na hora certa. Como o amigo.

Não há florestas de ipês. Há ipês nas florestas. Um aqui, outro lá. Como não há multidão de amigos. Há amigos na multidão. Raros. Consistentes. Mas, poucos.

O ipê marca sua presença na paisagem, como o amigo marca sua presença na memória. O olhar espraia-se na distância e o amarelo esparso prende sua atenção. No espaço vasto do memória os amigos são lembrados com nitidez, em contraste com a multidão dos conhecidos.

No ipê, a flor é frágil e passageira. O tronco é sólido e resistente. O tronco é a alma. A flor é a palavra. No amigo, mais que na palavra, é na alma que se apóia o coração que busca. Mais importante que aquilo que diz é aquilo que é.

O ipê fala pouco. Dá o seu recado é se esconde no silêncio, para voltar na hora oportuna. Falasse o ano todo, não seria tão expressivo. Como o amigo que não é falastrão. Sua palavra é tesouro e não se desperdiça na sonoridade vazia.

O ipê chame atenção, mas não se exibe. Cumprida sua tarefa, ele se perde na vegetação que o cerca. Com humildade e discrição. É assim, o amigo. Presente na hora exata, não alardeia a amizade que oferece. A amizade é uma sintonia do espírito. Não é um cartão colado na testa, nem um rótulo fixado no exterior.

O ipê nada pede, nasce espontâneo e não fica a exigir cuidados.

Como o amigo, que não é interesseiro. Porque o amigo que se move em troca de favores não é amigo. O amigo nunca deve e nunca cobra. Ele apenas é. E nisso está a sua característica.

É generoso o ipê. Depois que encantou a tantos com o seu colorido, devolve logo suas flores à terra, da qual as recebeu, cobrindo-a de um tapete amarelo vivo, da mesma cor de coroa de ouro com que a natureza o enriqueceu.

O amigo não se deixa vencer em generosidade. A prestatividade e a solicitude são para ele como o respirar. Brotam do seu ser com a naturalidade que nunca parece exigir esforço, nem aguardar retribuição.

Entre tantas lições que nos dá o ipê, esta, a da amizade, é das mais preciosas. Não é rico, porque não têm frutos. Consegue ser amado por aquilo que é e não por aquilo que tem.

Ele vem dizer, todos os anos, que à amizade é um tesouro. Como o ouro da coroa que o reveste.

O mês de agosto, em que o ipê retorna, é o mês que me lembra o melhor amigo que tive: meu pai. Que me habituou a valorizar as coisas sólidas e consistentes, perenes com as quais se pode contar. Que a traça não corrói e a ferrugem não desgasta. Que começam na terra e passam para a eternidade.

Cultive a amizade. Ela dura para sempre. Os aplausos fugazes morrem e os elogios vazios desaparecem. A amizade é forte como o tronco do ipê. É como a vida que não desiste. É o suporte de todas as outras coisas. E dá valor a todas elas.

Pe.José Zecchin Dezembro/1999


02 setembro 2008

Mais um blog


Iniciei este blog porque:
Esta semana eu estava lendo o blog de um dos meus filhos, quando comecei a refletir sobre a nossa vida como família.

Cada vez que leio, fico pensando o quanto eles cresceram e cresceram rápido demais para o meu gosto.

Primeiro, se eu pudesse teria inventado um antídoto para que os filhos não crescessem tão rápidos.

Segundo, se eu como mãe tentei aproveitar ao máximo a companhia dos meus filhos em todas as fases, o que diria as mães que por motivos justos ou não, não tiveram esse privilégio que eu tive.

Quando digo que aproveitei ao máximo, é porque dentro das nossas limitações do dia a dia como mãe, esposa e profissionalmente, administrar o tempo não é tão fácil como parece ser.

Digo a vocês que foi um tempo precioso, porque consegui conciliar o meu trabalho com o horário de estudo deles, e ainda por cima na mesma instituição educacional por um período de 12 anos.

Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Queridos, vamos aproveitar o tempo que nos resta para ensinarmos aos nossos filhos os valores eternos, ensinarmos a eles o principio da sabedoria que só é adquirida com a obediência da Palavra. Assim como é muito mais fácil cortar lenha com um machado afiado, a vida fica mais fácil quando fazemos escolhas sábias. É por isso que vale mais a pena ser sábio do que forte.

Diante de tudo que escrevi, pensei: acho que vou criar um blog onde eu possa compartilhar um pouco das histórias da vida, como também algumas reflexões que chegam até nós, mas vão ficando dentro das gavetas até amarelar.
Não deixem de ler Mães Más. É um dos meus favoritos.

Um grande abraço!

MÃES MÁS


Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de lhes dizer:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão?
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei suficiente para pagar as balas que tiraram da mercearia e a dizer ao dono: ”Nós roubamos isso ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei suficiente para ter ficado em pé junto de vocês duas horas, enquanto limpavam o seu quarto: tarefa que eu teria realizado em quinze minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês: o desapontamento e também as lágrimas dos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade de suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para lhes dizer não, quando sabiam que poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!

E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando lhe perguntarem se sua mãe era má:

“Sim. Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doce no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar a mesa, bem diferente das outras mães que deixavam os seus filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar louça, fazer a cama, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela ia dormir a noite pensando em coisas para nos mandar fazer no dia seguinte.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater á porta para que ela os conhecesse. Enquanto todos podiam sair a noite com doze, treze anos, nós tivemos de esperar pelos dezesseis.

Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência.

Nenhum, de nós esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa dela. Agora que já saímos de casa, nós somos adultos honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “pais maus” tal como nossa mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje:

Não há suficientes Mães Más.


(Autor Desconhecido)